As aparições do Senhor ressuscitado transformam o medo dos primeiros discípulos em alegria. É que o Senhor deixar claro aos que sofrem com medo de sua ausência física que ele continua vivo junto aos seguidores. E mais: Filho de Deus redivivo, ele se manifesta como o centro do universo e da história e, por conseqüência, como centro da comunidade cristã.
Jesus transforma o medo em alegria, desejando a paz aos seus. Mas a paz, esse dom de Deus, é também conquista humana que só se persegue superando o medo, abrindo as portas para o mundo, assumindo riscos. E não por menos Jesus sopra sobre os discípulos, recriando a humanidade com o sopro divino de vida, tal como na criação do universo. O Espírito enviado, desde então continua a ser a força de Deus nas criaturas, impulsionando-as pela fé a continuar a missão do Mestre, missão de paz e fraternidade.
Felicidade é acreditar em Jesus sem tê-lo visto. Mesmo sem tocar em Jesus, Tomé precisou ver para acreditar. E a quantas anda nossa fé? Jesus hoje nos proclamaria felizes por termos acreditado sem termos visto? Ou, em vez, andamos à busca de sinais para crer?
A ressurreição de Jesus nos torna criaturas novas. Temos a mesma missão do Mestre, e seu Espírito em nós nos faz capazes de acreditar no que ele fez e falou, para anunciar ao mundo seu amor. Acreditar em Jesus ressuscitado, portanto, é superar o medo. É construir a paz na alegria, apesar dos sofrimentos. É não permitir que outros e outras coisas se tornem o centro de nossas vidas e comunidades.
Quanto realmente acreditamos em Jesus vivo em nosso meio e como demonstramos isso com a própria vida? Onde está nossa alegria, e qual paz estamos construindo como cristãos?
Jesus ressuscitado continua conosco, garantindo-nos que a vida, e não a morte, tem a última palavra.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
TEXTO PUBLICADO NO FOLHETO "O DOMINGO"
MARCADOR: LITURGIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá. Seja bem vindo (a)!!! Deixe seu comentário. Será bem legal.
Obrigada. Volte sempre!!!!!