Neste quinto domingo da quaresma, a liturgia da Palavra nos prepara para vivermos a Semana Santa que se aproxima.
O Evangelho de hoje narra a passagem em que Jesus estava no Templo e ali ensinava o povo que ao redor dele se reunia para ouvi-Lo. Foi quando os doutores da lei e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher flagrada em adultério. Então perguntaram a Jesus: “Moisés, na lei, mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu”? Depois de muito insistirem ele respondeu: “Quem dentre vós não tiver pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. E eles, ao ouvirem a palavra de Jesus, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos.
O que as pessoas esperam ouvir daqueles que vivem na Igreja? Esperam que essas pessoas tenham atitudes cristãs. Se caminhamos dentro do Evangelho, buscamos uma vida semelhante à de Jesus. Hoje devemos nos perguntar: em que eu me assemelho com Cristo?
Neste Evangelho, Jesus mostra seu lado misericordioso, não aprovando o pecado, mas amando o pecador. Ele tinha essa característica, jamais acobertava um erro, mas sempre acolhia o que errou.
Quantas vezes acusamos e condenamos aqueles que erraram com enorme severidade? Imbuídos de raiva e maus sentimentos avaliamos o erro do outro com muito mais rigor.
Precisamos saber administrar tais sentimentos e avaliar os fatos com justiça!
Nessa passagem, os primeiros a saírem foram os mais velhos, isso porque quanto mais vivemos, mais erramos. A vida é uma sucessão de erros e acertos. Portanto, sejamos também misericordiosos com aqueles que falham, procurando estender-lhe a mão com o objetivo de ajudá-lo a vencer o pecado. Lembrando que todos somos também vulneráveis e temos fraquezas, talvez até piores. O outro pode desconhecer os nossos pecados, mas Deus nos conhece e sabe de todas as coisas.
Enquanto estamos de passagem por este mundo, podemos até levianamente julgar com severidade e rigor e sem nenhuma misericórdia. Mas sabemos que um dia, quando diante de Deus, seremos nós julgados com a mesma medida com que julgamos os outros.
RÍVIA RAMOS
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