terça-feira, 29 de novembro de 2016

Terças missionárias Igreja em saída. Paróquia em missão - Exortação Amoris Laetitia


Caros irmãos, ainda sobre a Exortação Amoris Laetitia, Sobre o Amor na Família, de Papa Francisco...

            
    O Capítulo III, sob o título “O olhar fixo em Jesus: a vocação da família”, recolhe uma síntese, um resumo, da doutrina da Igreja sobre o matrimônio e a família. “O mistério da família cristã só se pode compreender plenamente à luz do amor infinito do Pai, que se manifestou em Cristo entregue até o fim e vivo entre nós”, reflexão belamente descrita por Papa Francisco. O matrimônio é um dom do Senhor (1Cor 7, 7), e inclui a sexualidade: “Não vos recuseis um ao outro” (1Cor 7, 5). Lembremos também da indissolubilidade da união entre homem e mulher, porque o matrimônio revela a concretização do projeto originário de Deus para a humanidade. A família e o matrimônio foram restaurados à imagem da Santíssima Trindade, mistério de onde brota todo o amor verdadeiro. O matrimônio e a família recebem de Cristo, através da Igreja, a graça necessária para testemunhar o amor de Deus e viver a vida de comunhão. A própria vida de Jesus, como vemos nas Escrituras, revela que Ele fez sua primeira manifestação pública nas bodas de Caná, e compartilhou momentos de amizade com famílias, como a de Lázaro e suas irmãs. A encarnação do Verbo em uma família humana, o sim de Maria, o sim de José, Jesus ajudando no sustento da família com o trabalho de suas mãos e formando-Se na fé de seus pais... “este é o mistério do Natal e o segredo de Nazaré, cheio de perfume de família”, exalta Papa Francisco. Portanto, cada família, mesmo com a sua fragilidade, pode tornar-se luz na escuridão do mundo.

                O Concílio Vaticano II, na Constituição pastoral Gaudium et Spes, definiu o matrimônio como comunidade de vida e amor, colocando o amor no centro da família. ‘O amor verdadeiro entre marido e mulher implica mútua doação de si mesmo, inclui e integra a dimensão sexual e a afetividade, e Cristo Senhor vem ao encontro dos esposos cristãos com o sacramento do matrimônio e permanece com eles’. E ainda: ‘o amor conjugal requer nos esposos uma consciência da sua missão de paternidade responsável e seu exercício implica que os cônjuges reconheçam plenamente os próprios deveres para com Deus, para consigo mesmos, para com a família e para com a sociedade’ (Beato Paulo VI, durante o Concílio Vaticano II).

                A família é a imagem de Deus, que é comunhão de pessoas. O Sacramento do Matrimônio não é uma convenção social, um rito vazio, ele é um dom para a santificação e a salvação dos esposos, porque ‘a sua pertença recíproca é a representação real da mesma relação de Cristo com a Igreja. Os esposos, são, portanto, para a Igreja a lembrança permanente daquilo que aconteceu na cruz; são um para o outro, e para os filhos, testemunhas da salvação, da qual o sacramento os faz participar’ (João Paulo II, Exortação Apostólica sobre a função da família cristã no mundo de hoje).
                Este capítulo também traz à luz o cuidado pastoral que a Igreja deve ter com os casais que só contraíram o casamento civil, ou então que são casais de segunda união. A Igreja deve dirigir-se com amor e encorajá-los à conversão, a realizar o bem, a cuidar com amor um do outro e a pôr-se a serviço da comunidade onde vivem.

                Sobre a transmissão da vida, Papa diz que o filho pede para nascer do amor dos esposos; o Criador tornou o homem e a mulher participantes da obra da criação, confiando a eles o futuro da humanidade. Nesse contexto, Papa diz que não pode deixar de afirmar que, se a família é santuário da vida, o lugar onde a vida é gerada e cuidada, constitui uma contradição fazer dela o lugar onde a vida é negada e destruída, lembrando das situações de aborto e eutanásia. Ele ainda fala da situação daqueles casais que não puderam gerar filhos, e ressalta que eles também podem ter uma vida conjugal cheia de sentido, humana e cristã.

                Um grande desafio que as famílias enfrentam é o educativo, que se tornou mais difícil com as mudanças comportamentais e culturais e da grande influência dos meios de comunicação. A Igreja desempenha um papel precioso de apoio às famílias, mas é dever e direito dos pais a educação integral dos filhos. A escola não substitui os pais, serve-lhes de complemento.

                E, terminando o capítulo, Papa nos traz que a “a Igreja é família de famílias, constantemente enriquecida pela vida de todas as igrejas domésticas. Em virtude do sacramento do matrimônio, cada família torna-se para todos os efeitos um bem para a Igreja. E é um dom precioso ter em consideração também a reciprocidade entre família e Igreja: a Igreja é um bem para a família, a família é um bem para a Igreja”.


                É um belo capítulo dessa Exortação e um convite que Papa Francisco nos faz para cuidarmos das nossas famílias e, com nosso testemunho, ajudarmos outras famílias a se fortalecerem no amor da Santíssima Trindade. Que Deus nos ilumine e abençoe nossas famílias.

TATIANE BITTENCOURT

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