terça-feira, 22 de novembro de 2016

EXORTAÇÃO APOSTOLICA PÓS-SINODAL AMORIS LAETITIA SOBRE O AMOR NA FAMÍLIA DOCUMENTOS PONTIFÍCIOS – 24 - PAPA FRANCISCO

Caríssimos, paz!

            
    Todos os temas desta Exortação do Papa Francisco, chamada Amoris Laetitia, Sobre o Amor na Família, são interessantes e atuais. Mas este do Capítulo II sustenta o que Papa Francisco nos trará nas próximas reflexões. Intitula-se “A realidade e os desafios das famílias”. E quantos desafios nossas famílias estão vivendo, num tempo em que está em alta a cultura da morte, daquilo que deprecia o ser humano, e, com isso, as famílias. A mudança que a sociedade de um modo geral tem passado, influencia todos os aspectos da vida, mas “destaca-se o individualismo exagerado que desvirtua os laços familiares e acaba por considerar cada componente da família como uma ilha, fazendo prevalecer a ideia de que um sujeito se constrói segundo os seus próprios desejos”. Ou seja, família significa vínculo, unidade apesar da diversidade. Mas o individualismo faz com que cada membro dela pense no que é melhor para ele e não para o todo. Também o ritmo de vida, o estresse, afastam as pessoas umas das outras e as isolam em si. Temos de uns tempos pra cá uma grande liberdade de escolha, que se não tiver objetivos nobres, acaba por aumentar o individualismo. Por outro lado, o ser humano teme a solidão, gosta de se sentir protegido, mas as aspirações pessoais criam nele o medo de que, numa relação, ele possa deixar de realizar as suas satisfações pessoais e alcançar suas aspirações para o futuro.

                Papa Francisco faz um chamado: “nós cristãos não podemos renunciar a propor o matrimônio, para estar na moda, pois estaríamos privando o mundo dos valores que podemos e devemos oferecer... É nos pedido um esforço mais responsável e generoso, que consiste em apresentar as razões e os motivos para se optar pelo matrimônio e a família, de modo que as pessoas estejam mais bem preparadas para responder à graça que Deus lhes oferece”. Devemos olhar pelos casais jovens, tirar a ênfase na procriação e dar mais sentido ao convite de crescimento no amor que o matrimônio proporciona. A sociedade do futuro necessita das famílias de hoje, constituídas no amor, na força da graça vinda dos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia. Papa ainda ressalta que ao invés de atacarmos e criticarmos esse mundo decadente, nós devemos propor e indicar caminhos de felicidade através do matrimônio e da família. O termo “cultura do provisório” volta a ser citado por Papa Francisco, já que as pessoas passam de uma relação afetiva para outra com facilidade.

                Os desafios são muitos: a correria do dia a dia, pai e mãe na maioria das vezes trabalham fora de casa para o sustento da família, e quando chegam em casa estão cansados para brincar, dialogar com os filhos, realizar uma refeição juntos... A toxicodependência que tanto destroem as famílias. O enfraquecimento da família como sociedade fundada no matrimônio prejudica o amadurecimento das pessoas, o cultivo dos valores comunitários e o desenvolvimento ético dos povos, cidades e vilas. Estamos diante de diversas situações familiares, como a poligamia, famílias não mais formadas por um homem-pai e uma mulher-mãe, a violência contra as mulheres, a ausência afetiva, física, espiritual de um pai, tido como provedor e protetor da família. Ainda neste capítulo, menciona-se a teoria de “gender”, em que se nega a diferença e a reciprocidade natural de homem e mulher, onde apresenta uma sociedade sem diferenças de sexo, induzindo a projetos educativos e orientações legais que promovem uma identidade humana individualista. Outro ponto tocado é a revolução biotecnológica no campo da procriação humana. Papa Francisco assim nos diz: “não caiamos no pecado de pretender substituir-nos ao Criador. Somos criaturas, não somos onipotentes”.

                E assim termina o Capítulo II: “dou graças a Deus porque muitas famílias, longe de serem perfeitas, mesmo assim vivem no amor, realizam a sua vocação e continuam caminhando”.

                Deus abençoe e proteja nossas famílias.

TATIANE BITTENCOURT

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