terça-feira, 1 de novembro de 2016

Terças missionárias “Igreja em saída. Paróquia em missão”

Irmãos e irmãs em Cristo, paz!

Retomando o nosso estudo sobre Misericordiae vultus, na qual Papa Francisco exprime toda a ideia em volta do Ano Santo da Misericórdia, trazemos a penúltima parte desta Bula:

Papa Francisco fala da relação entre justiça e misericórdia, sendo elas duas dimensões de uma única realidade que atinge seu ponto máximo na plenitude do amor. A justiça é um conceito fundamental na sociedade civil, para que se mantenha uma ordem, através das leis, onde a cada um deve ser dado o que lhe é devido. Nas Escrituras, Jesus muitas vezes nos fala da importância da fé na observância da lei, ou seja, não se deve dividir as pessoas em justos e pecadores, mas Jesus procura mostrar o grande dom da misericórdia que busca oferecer o perdão e a salvação aos pecadores. O apóstolo Paulo é um grande exemplo do que Jesus apresentou, pois sua conversão a Cristo levou-o a inverter a sua visão. Paulo passa a colocar em primeiro lugar a fé, e já não a lei. Não é a observância da lei que salva, mas a fé em Jesus Cristo, que, pela sua morte e ressurreição, traz a salvação com a misericórdia que justifica. A justiça de Deus é o seu perdão. Importante destacar que a misericórdia não contraria a justiça, mas exprime o posicionamento de Deus para com o pecador, oferecendo-lhe uma nova chance de se arrepender, converter e acreditar.

O Jubileu inclui também a indulgência, já que o perdão de Deus não conhece limites. Através de Jesus Cristo, Deus torna evidente este seu amor que chega ao ponto de destruir o pecado dos homens. Mas todos nós fazemos experiência do pecado. Somos chamados à perfeição, mas sentimos fortemente o peso do pecado. Apesar do perdão, carregamos nas nossas vidas as contradições que são consequências dos nossos pecados. A misericórdia de Deus torna-se indulgência do Pai que, através da Igreja, alcança o pecador perdoado e o liberta dos resíduos das consequências do pecado, possibilitando que o pecador cresça no amor e na caridade. Devemos nos recordar também que a Igreja vive a comunhão dos Santos, homens como nós, mas cuja santidade vem em ajuda da nossa fragilidade, e assim, a Mãe-Igreja, com a sua oração e a sua vida, é capaz de acudir à fraqueza de uns com a santidade de outros. A indulgência é experimentar a santidade da Igreja que participa da redenção de Cristo, para que o perdão se estenda até às últimas consequências aonde chega o amor de Deus.


Vivamos intensamente o Jubileu, pedindo ao Pai o perdão dos pecados e a indulgência misericordiosa em toda a sua extensão.


Tatiane Bittencourt

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