terça-feira, 31 de maio de 2016

SINAIS DOS TEMPOS E CONVERSÃO PASTORAL



 “Que nos mova o medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nas normas que nos transformam em juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos tranquilos, enquanto lá fora uma multidão faminta; e Jesus repete-nos sem cessar: ‘Vós mesmos, dai-lhes de comer’ (Mc 6, 37) – Papa Francisco.


Bem-vindos caros irmãos e irmãs em Cristo, paz!



Neste dia festivo, de gratidão a Deus pelos 09 anos de nossa Paróquia, com o coração alegre podemos dizer que nossa Comunidade é missionária.
 Mas ainda temos muito o que avançar. Sempre tem. Neste sentimento de pertença e de esperança de continuarmos avante sempre, e neste ano Santo da Misericórdia, trataremos hoje sobre o capítulo 1 do Documento 100 da CNBB - COMUNIDADE DE COMUNIDADES: uma nova paróquia - A conversão pastoral da paróquia, onde podemos ver a expressão “sinais dos tempos”. E sob qual contexto essa expressão é abrangida? Ela é baseada nos evangelhos de Mateus e Lucas e foi empregada por São João XXIII para nos lembrar que Jesus deu voz e vez aos pobres, às mulheres, aos doentes, aos mais necessitados, e possui uma conotação pastoral, pois aponta para a urgência da ação da comunidade cristã frente às mudanças pelas quais a sociedade passa e os desafios que essas mudanças trazem.
Neste capítulo também vemos a expressão “conversão pastoral”. Ela remete, acima de tudo, a uma renovada conversão a Jesus Cristo: pessoal e comunitária. Há muitos batizados que não fizeram um encontro pessoal com Jesus Cristo. A conversão pessoal e a pastoral andam juntas, pois se fundam na experiência de Deus realizada por pessoas e comunidades.

Apontamos no material anterior que o progresso científico permitiu sim o acesso a tecnologias que auxiliam no nosso dia a dia. Mas com ele veio também uma transformação na ordem do ser humano, o qual precisa construir sua personalidade e sua identidade social para ser visto no mundo atual, o que favorece o individualismo. Desta forma, os vínculos comunitários se enfraquecem, havendo o crescimento da indiferença pelo outro, pelo seu sofrimento, pelo seu modo de viver a vida e as coisas de Deus. Não somente as coisas se tornaram mais descartáveis, mas o ser humano de certa forma também.
 
Vejam o que Papa Francisco fala sobre a “cultura do descartável”, na Evangelii Gaudium:


 “O ser humano é considerado, em si mesmo, como um bem de consumo, que se pode usar e depois jogar fora. Já não se trata simplesmente do fenômeno de exploração e opressão, mas duma realidade nova: com a exclusão, fere-se, na própria raiz, a pertença à sociedade onde se vive, pois quem vive nas favelas, na periferia ou sem poder já não está nela, mas fora. Os excluídos não são explorados, mas resíduos, sobras”.



A busca por curas e por prosperidade propiciou o crescimento de novos grupos religiosos ou aqueles que se declaram sem religião; acreditam em Deus, mas não querem laços de pertença com uma comunidade religiosa. Fiéis católicos frequentam, por vezes, outras formas de cultos, para buscar conforto às suas dificuldades. Falta o testemunho do Evangelho por parte dos cristãos. Não só com palavras, mas com atitudes. Um bom cristão procura ser um bom pai, uma boa mãe, um bom marido, uma boa esposa, um bom filho, um bom vizinho, um bom trabalhador.



TATIANE BITTENCOURT 





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