segunda-feira, 27 de julho de 2009

O MENINO COM CINCO PÃES E DOIS PEIXES - MISSA DO 17º DOMINGO COMUM


Na metade do ano passado, notícias alarmantes sobre a falta de alimentos e o conseqüente crescimento do número de famintos martelaram em nossos ouvidos, deixando-nos perplexos, mais ou menos como a provocante pergunta de Jesus a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?

E muita gente, com certeza, pensou como Filipe: a fome no mundo não tem solução. Essas pessoas não se dão conta de que Jesus quis e quer pôr-nos à prova na questão da fome de mais da metade da humanidade.

Enquanto o mundo se guiar pela lógica de Filipe, a fome continuará sendo um problema insolúvel. E até nós, cristãos, entramos nessa onda, deixando esses problemas fora de nossas casas – ou culpando Deus. Há uma saída: Há, sim!

A virada começa com o surgimento de “um menino com cinco pães de cevada e dois peixes”. Com certeza, esse menino não carregava os pães só para si. E a pergunta de André insinua que essa criança veio para pôr à disposição dos outros aquilo que possuía.

O gesto nobre desse menino – palavra que, em grego, pode significar também servidor – muda completamente a visão acerca da fome da humanidade. Ela não é vencida com a compra e venda de alimentos, mas num mutirão de partilha. A distribuição torna o lugar da concentração, a solidariedade vence o egoísmo.

Como pai de uma grande família, Jesus toma a oferta do menino e agradece a Deus, que, ao criar o mundo, destinou a cada ser sua porção de alimento (cf. Gn 1). Mas o episódio contém um alerta: saciado, o povo pretende que Jesus resolva para eles o problema da fome: quer proclamá-lo rei. Ele, então, se retira à montanha, pois a tarefa é também nossa.

Pe. José Bortolini, ssp

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