Festa de São Pedro e São Paulo

- Domingo - 28.06.2009
Evangelho: Mateus 16, 13-19
Tu és Pedro e eu te darei as chaves do Reino dos Céus.

Cadeias caem das mãos de Pedro, a porta se abre sozinha, e um anjo o acompanha até sair da prisão. Por que Deus não se comporta desse jeito maravilhoso conosco? Por que nos deixa sozinhos contra as forças do mal, quando estamos atribulados?
Sem dúvida, o autor lança mão desse tipo de gênero literário para evidenciar o centro da narrativa: O Senhor interveio em favor do seu servo. A salvação não se deve a qualquer iniciativa nossa, mas é obra do Senhor.

Paulo dá testemunho de sua vida sobre sua fé. Ele acredita que o Senhor o acompanhou (e o acompanha) estando ele na prisão. É hora de tribulação, de afastamento dos irmãos, de solidão, de sofrimento intenso. Mas ele nem por isso abandona sua crença em Deus: O Senhor me assistiu e me deu forças, para que, por meu intermédio, a boa mensagem fosse plenamente anunciada e chegasse aos ouvidos de todos os pagãos (v. 17)
Tanto Pedro como Paulo nos mostram com que dedicação, desinteresse, amor e coragem deve ser desenvolvido o ministério do anúncio do Evangelho. São eles um exemplo para os mensageiros ou ministros da Palavra de nossas comunidades, hoje.

Este trecho do evangelho introduz as palavras dramáticas com que Jesus anuncia pela primeira vez aos discípulos sua Paixão e faz sua proposta: o dom da vida. Os versículos 24-28 não aparecem na liturgia de hoje, mas sua consideração é importante para se entender a mensagem inteira de Jesus: Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas aquele que tiver santificado a sua vida por minha causa recobrá-la-á. (v.25)

Pedro foi chamado por Jesus “pedra de escândalo” porque não tinha aceitado sua mensagem, mas pensava como os homens. Ele só iria entender o conteúdo da profissão de fé, que ele proferira por inspiração do Pai, depois da ressurreição de Jesus.

Por sua vez, Paulo só chegou a Jesus quando compreendeu que o Crucificado era o Messias de Deus. É preciso que compreendamos também que o seguimento da doutrina de doação de vida pelos irmãos constitui o fundamento deste edifício solidíssimo que é o próprio Cristo.
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