terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Terças Missionárias Igreja em saída. Paróquia em missão


Caros irmãos e irmãs em Cristo, paz!
Chegamos ao último capítulo da Exortação Apostólica Amoris Laetitia, “Sobre o Amor na Família”, de Papa Francisco, Espiritualidade Conjugal e Familiar.

O amor assume matizes diferentes, segundo o estado de vida a que cada um foi chamado. Várias décadas atrás, o Concílio Vaticano II, a propósito do apostolado do leigo, punha em realce a espiritualidade que brota da vida familiar. A presença do Senhor habita na família real e concreta, com todos os seus sofrimentos, lutas, alegrias e propósitos diários. A comunhão familiar bem vivida é um verdadeiro caminho de santificação na vida ordinária e de crescimento místico, um meio para a comunhão íntima com Deus. Se a família consegue se encontrar em Cristo, Ele unifica e ilumina toda a vida familiar. Os sofrimentos e os problemas são vividos em comunhão com a cruz do Senhor e, abraçados a Ele, pode-se suportar todos os momentos.

A oração em família é um meio privilegiado para exprimir e reforçar esta fé pascal. Podem-se encontrar alguns minutos cada dia para estar unidos na presença do Senhor vivo, dizer-lhe as coisas que os preocupam, rezar pelas necessidades familiares, orar por alguém que passa por um momento difícil, pedir-lhe ajuda para amar...
No matrimônio vive-se também o sentido de pertencer a uma única pessoa. Os esposos assumem o desafio e o anseio de envelhecer e gastar-se juntos, e assim refletem a fidelidade de Deus. Os esposos cristãos são cooperadores da graça e testemunhas da fé um para o com o outro, para com os filhos e demais familiares. Deus convida-os a gerar e a cuidar.

Toda a vida da família é um “pastoreio” misericordioso. Cada um, cuidadosamente, desenha e escreve na vida do outro: “ Vós é que sois a nossa carta, escrita em nossos corações (...) não com tinta, mas com o Espírito do Deus Vivo” (2Cor 3, 2-3). A fecundidade matrimonial implica promover, porque “amar uma pessoa é esperar dela algo indefinível e imprevisível; e é ao mesmo tempo, proporcionar-lhe de alguma forma os meios para satisfazer tal expectativa”. É uma experiência espiritual profunda contemplar cada ente querido com os olhos de Deus e reconhecer Cristo nele. Isto exige uma disponibilidade gratuita que permita apreciar a sua dignidade

Com efeito, como recordamos várias vezes nesta Exortação, nenhuma família é uma realidade perfeita e confeccionada de uma vez para sempre, mas requer um progressivo amadurecimento da sua capacidade de amar. Há um apelo constante que provém da comunhão plena da Trindade, da união estupenda entre Cristo e a sua Igreja, daquela comunidade tão bela que é a família de Nazaré e da fraternidade sem mácula que existe entre os santos do céu. Além disso, impede-nos de julgar com dureza aqueles que vivem em condições de grande fragilidade.

Avancemos, famílias; continuemos a caminhar! O que nos é permitido é sempre mais. Não percamos a esperança por causa dos nossos limites, mas também, não renunciemos a procura da plenitude de amor e comunhão que nos foi prometida.
Texto:
Tatiane Sampaio Bittencourt

Ana Maria Quintana Bittencourt

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