domingo, 21 de fevereiro de 2016

A GLÓRIA QUE HÁ DE VIR

O evangelho de Lucas mostra toda a atividade de Jesus como um grande caminho que ele faz até Jerusalém. Em Jerusalém a capital, Jesus enfrentará os poderes e fará seu êxodo, sua passagem pelo sofrimento e morte, para ressurgir ressuscitado no terceiro dia. Pois bem, o episódio da transfiguração é a antecipação da glória de Jesus ressuscitado, vencedor da morte, resplandecente de luz.
Jesus conversa com Moisés e Elias, representantes da Lei e dos Profetas do Antigo Testamento. Conversa sobre seu êxodo, que dá sentido novo e definitivo ao êxodo dos hebreus pelo deserto, realizando a esperança dos profetas anunciadores de um tempo novo, de uma realidade nova.
Enquanto Jesus reza, os discípulos dormem; estavam com muito sono. Ao acordar, vendo Jesus transfigurado, Pedro propõe ficarem ali mais tempo, em três tendas. O sono dos discípulos é o sono de quem não consegue acompanhar Jesus em sua oração, em sua união com o Pai. O sono de quem deseja a glória da ressurreição sem assumir o êxodo do sofrimento e da morte. O sono de quem imagina poder fazer algo pelo reino sem estar atento à voz de Deus.
É por isso que, enquanto Pedro ainda falava, outra voz aparece, a voz do Pai, indicando Jesus como o Filho escolhido, dando toda a autoridade à voz do Filho. É a palavra de Jesus que deve ser ouvida. Estar atentos a ela significa não dormir quando é tempo de falar com Deus e aprender com seu Filho, para não perdermos o fio da meada, o sentido da nossa vida como seguidores de Jesus. Pois o Mestre que seguimos não foi neste mundo um teórico propagador de ideias. Ao transfigurar-se, Jesus indicou sua passagem pelo sofrimento e morte, indicou um modo de vida que ia na contramão do comodismo, da indiferença e da via mais fácil.
A transfiguração de Jesus é a antecipação do que será a glória de sua vida, vida doada a todos, sobretudo aos menores. Sua transfiguração nos mostra um caminho e nos encoraja a seguir a mesma missão que a sua, a fim de que a gloria de Deus resplandeça nas conquistas humanas de vida para todos.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp

Texto extraído do folheto O Domingo – 21/02/2016

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