segunda-feira, 18 de maio de 2009

MISSA DO 6º DOMINGO DA PÁSCOA

PERMANECER NO AMOR

O amor cantado em prosa e verso e em todos os tempos e lugares nem sempre é o amor maior de que fala Jesus. O amor proclamado em todos os cantos, que dá prazer e alegria, é fácil de ser assumido e vivido; já o amor que requer compromisso com os irmãos é bem mais exigente. Jesus diz: “Ninguém tem amor maior que aquele que dá sua vida pelos amigos”. O maior gesto de amor é a doação da vida em favor de alguém. Assim estaremos unidos a Cristo e, com certeza, poderemos produzir frutos abundantes.

Mais do que ninguém, Jesus tem “autoridade moral” para falar e ensinar sobre o amor, porque o viveu intensamente; sua vida revelou-se constante gesto de amor e foi entregue por amor. Ele sem sombra de dúvida pode dizer-nos: “Amem-se uns aos outros como eu os amei”. O amor é o principal distintivo do cristão.

Onde há amor maior, a vida brilha de alegria e otimismo. Quem ama e se sente amado transborda de alegria. Deus sempre ama e dá a cada um a capacidade de amar, e quanto mais amarmos, mais alegre se tornará a nossa vida. O cristão precisa ser testemunha de alegria e otimismo e o será à medida que amar. Esse é um dos frutos de quem permanece unido a Jesus. O Documento de Aparecida diz: “O fato de sermos amados por Deus enche-nos de alegria. O amor humano encontra sua plenitude quando participa do amor divino, do amor de Jesus que se entrega solidariamente por nós em seu amor pleno até o fim” (n.117)

Onde há amor maior, não há lugar para servilismo. O amor nos torna iguais, amigos e fraternos e não permite nenhuma opressão sobre ninguém, Jesus não quer suas comunidades escravas e não admite escravidão entre os seus. Seus seguidores são amigos que compartilham da sua alegria nas tarefas cotidianas.

Parafraseando o poeta que diz: “quem morre por amor não morre”. Percebemos Cristo presente na humanidade. Ele consegue, também hoje, mobilizar muitas pessoas em torno de sua vida; sua mensagem continua fascinando milhões de adeptos; suas palavras ressoam nos quatro cantos do mundo.

Pe Nilo Luza, ssp

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