João é preso e assim termina sua
jornada. Jesus entra em cena, dirige-se à Galileia e proclama a boa-nova da
chegada do reino. Conclui-se uma etapa e inicia-se nova era. Há grande tarefa a
ser cumprida, e para isso Jesus chama colaboradores. Começa convocando duas
duplas de irmãos, que abandonam a profissão de pescadores e partem
imediatamente para a nova missão: pescadores de gente.
Jesus não inicia sua atividade em
Jerusalém, centro político, religioso e cultural, mas na Galileia, região pouco
valorizada, habitada por gente simples e pobre e próxima ao mundo pagão. Os pobres
são os primeiros destinatários do reino de Deus.
O papa Francisco insiste na
necessidade de a Igreja se voltar para os pobres e ir às periferias geográficas
e sociais das grandes cidades. Acontece que é mais fácil e mais confortável se
instalar nos centros ricos e desenvolvidos e se esquecer das enormes o pobres
periferias.
Citando um documento da CNBB, o
papa diz: “Desejamos assumir, a cada dia, as alegrias e esperanças, as
angustias e tristezas do povo brasileiro, especialmente as populações da
periferias urbanas e das zonas rurais – sem terra, sem teto, sem pão, sem saúde
– lesadas em seus direitos. Vendo a sua miséria, ouvindo os seus clamores e
conhecendo o seu sofrimento, escandaliza-nos saber que existe alimento
suficiente para todos e que a fome se deve à má repartição dos bens e da renda”
(EG 191).
Ao episcopado latino-americano
(Celam), por ocasião da Jornada Mundial da Juventude no Brasil, assim se
expressa o papa Francisco: “A posição do discípulo-missionário não é uma
posição de centro, mas de periferias: vive em tensão para as periferias... No
anúncio evangélico, falar de “periferias existenciais “descentraliza, e,
habitualmente, temos medo de sair do centro. O discípulo-missionário é um
descentrado: o centro é Jesus Cristo, que convoca e envia. O discípulo é
enviado para as periferias existenciais”. Está aí o apelo do papa, convocando a
Igreja a ir às periferias para levar o reino de Deus que chegou com Jesus.
Pe Nilo Luza, ssp
TEXTO PUBLICADO NO
FOLHETO “O DOMINGO”
25/01/2015
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