Caríssimos, paz! Um
feliz e abençoado Natal a todos e a todos os seus! Estamos na Oitava de Natal.
E trazemos hoje o capítulo VI da Exortação Apostólica Amoris Laetitia, de Papa
Francisco, chamado “Algumas perspectivas pastorais”, o qual o dividiremos em
duas partes.
Na
primeira parte, Papa Francisco traz que as famílias cristãs são, pela graça do sacramento nupcial, os
sujeitos principais da pastoral familiar. Para isso, é preciso fazer-lhes “experimentar
que o Evangelho da família é alegria que enche o coração e a vida inteira”,
porque em Cristo somos libertados do pecado, da tristeza do vazio interior, do
isolamento” EG nº 1. À luz da parábola do semeador, a nossa tarefa consiste em
cooperar na sementeira: o resto é obra de Deus.
A principal contribuição pastoral familiar é oferecida pela paróquia,
que é família de famílias, onde se harmonizam as contribuições de pequenas
comunidades, movimentos e associações eclesiais. Há necessidade de formar agentes
leigos de pastoral familiar, com a ajuda de psicopedagogos, médicos de família,
médicos de comunidade, assistentes sociais advogados de menores e família,
predispondo-os para receber as contribuições da psicologia, sociologia,
sexologia e até aconselhamento. Convido as comunidades cristãs a reconhecerem que é um bem
para elas mesmas acompanhar o caminho de amor dos noivos. Convém encontrar os modos – através
das famílias missionárias, das próprias famílias dos noivos e de vários
recursos pastorais- para oferecer uma preparação remota que faça amadurecer o
amor deles com um acompanhamento rico de proximidade e testemunho. Tanto a preparação próxima como o
acompanhamento mais prolongado, devem procurar que os noivos não considerem o
matrimônio como o fim do caminho, mas o assumam como uma vocação que os lança
para diante, com a decisão firme e realista de enfrentarem juntos todas as
provações e momentos difíceis. É importante esclarecer os noivos para viverem com grande
profundidade a celebração litúrgica, ajudando-os a compreender e viver cada
gesto.
Muitas
vezes o tempo de noivado não é suficiente, a decisão de casar-se apressa-se por
várias razões e, como se não bastasse, atrasou a maturação dos jovens. Lembro-me
de um refrão que dizia que a água estagnada se corrompe, estraga. O mesmo
acontece com a vida do amor nos primeiros anos do matrimônio, quando fica
estagnada, cessa de mover-se, perde aquela inquietude sadia que faz avançar. O
caminho implica atravessar por diferentes etapas, que convidam a doar-se com
generosidade. Uma das causas que leva a rupturas matrimoniais é ter
expectativas demasiado altas sobre a vida conjugal. Quando se descobre a realidade
mais limitada e problemática do que se sonhara, a solução imediata não é pensar
na separação, mas assumir o matrimônio como um caminho de amadurecimento, onde
cada um dos cônjuges é um instrumento de Deus para fazer crescer o outro. O
acompanhamento deve encorajar os esposos a serem generosos na comunicação da
vida. É necessário salientar sempre que os filhos constituem um dom maravilhoso
de Deus, uma alegria para os pais e para a Igreja. É através deles que o Senhor
renova o mundo.
O amor
precisa de tempo disponível e gratuito, colocando outras coisas em segundo
lugar. Faz falta tempo para dialogar, abraçar-se sem pressa, partilhar
projetos, escutar-se, olhar nos olhos, apreciar-se, fortalecer a relação. As
paróquias os movimentos, as escolas e outras instituições da Igreja, podem
desenvolver várias mediações para apoiar e reavivar as famílias: reuniões e
casais, retiros, centros de aconselhamento. É verdade que muitos casais de
esposos desaparecem da comunidade cristã depois do matrimônio, mas com
frequência desperdiçamos algumas ocasiões em que eles voltam a estar presentes
e nas quais poderíamos tornar a propor-lhes de forma atraente o ideal do
matrimônio cristão.
Feliz
e abençoado 2017!!!
Tatiane Bittencourt
COMIPA
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