Irmãos e
irmãs em Cristo, paz.
Na
terça-feira passada pudemos ver um pouco de como surgiu a Paróquia no mundo e,
em especial, no Brasil. Vocês se recordam que a Igreja, ao longo de sua
história, foi se adaptando às realidades dos tempos, sem perder a sua essência,
que veio da comunidade de Jesus e dos seus discípulos: vida em comunidade e
missão?
Hoje, no capítulo 4 do Documento 100 da CNBB, chamado
Comunidade
Paroquial, vemos que a comunidade-Igreja encontra seu fundamento e origem
no Ministério Trinitário. A presença do Espírito Santo garante que a comunidade
cristã não seja apenas uma realidade sociológica ou psicológica, mas recebe o dom
da unidade, que permite a comunhão com Cristo e entre si. Pela
paróquia, a Igreja participa do cotidiano das pessoas. Ela é célula da diocese,
um prolongamento da Igreja Particular. Mas a vitalidade da diocese, por sua
vez, depende da vitalidade das suas paróquias.
A Igreja foi desejada pelo Pai, concretizada pelo Filho e vivificada
pela ação do Espírito Santo. Santíssima Trindade: a perfeita comunidade de
amor. Como a Trindade, também a comunidade cristã vive no amor que permite acolhida e doação, que une as diferenças num só coração. O desejo da Trindade
é que todos conheçam e participem desse amor.
Não há comunidade cristã que
não seja missionária, pois se ela esquece a MISSÃO, deixa de ser CRISTÃ.
Os dons
e carismas
individuais, partilhados, colaboram para o enriquecimento de toda a comunidade
paroquial.
É
na diversidade que a comunidade vive a comunhão.
A palavra paróquia vem do grego paroikía,
que significa morada, viver junto, e está ligado à acolhida dos peregrinos que
caminham guiados pela fé em Jesus Cristo, com um sentido de casa, de lar.
Missão da paróquia: ser uma comunidade de fé, de culto e de caridade, onde os fiéis se
reúnem para celebrar a Eucaristia e prestar verdadeiro culto a Deus, onde se
persevera na doutrina dos apóstolos para alimentar a fé em Jesus Cristo e onde
se pratica o amor fraterno com todas as pessoas, expressão da caridade de
Cristo pela humanidade (tríplice múnus de Cristo).
A paróquia inicia o povo cristão e o reúne para celebrar
a Eucaristia e perseverar na fração do pão, na comunhão
fraterna, nas orações e nos ensinamentos dos apóstolos.
Toda paróquia é comunidade cristã baseada nestes quatro elementos. Só assim
será missionária
e atrairá outras pessoas para o seguimento de Jesus Cristo.
Na Palavra e na Eucaristia, o cristão,
nova criatura pelo Batismo, vive a relação com Deus e com o próximo, numa nova
dimensão: o amor ágape, expresso na amizade, e torna-se o centro da caridade
cristã, que se traduz em compaixão pelos que sofrem. A missão supõe
aproximação afetuosa, escuta, humildade, solidariedade, compaixão, diálogo,
reconciliação, compromisso com a justiça social e capacidade de compartilhar,
como Jesus o fez. Ela também requer anúncio da Boa-Nova de Cristo, ou seja, o querigma: anunciar Jesus Cristo,
crucificado e ressuscitado, que inclui a fé com testemunho.
O estado permanente de
missão supõe que a comunidade cristã tenha consciência de que ela é missionária
por natureza e precisa renovar-se diante dos desafios. Precisa
ir ao encontro das pessoas.
“Ide, pois,
fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado”
(Mt 28, 19-20).
TATIANE BITTENCOURT
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