Caros irmãos e irmãs em
Cristo, paz!
Chegamos ao último capítulo
da Exortação Apostólica Amoris Laetitia, “Sobre o Amor na Família”, de Papa
Francisco, Espiritualidade Conjugal e
Familiar.
O amor assume
matizes diferentes, segundo o estado de vida a que cada um foi chamado. Várias
décadas atrás, o Concílio Vaticano II, a propósito do apostolado do leigo,
punha em realce a espiritualidade que brota da vida familiar. A presença do
Senhor habita na família real e concreta, com todos os seus sofrimentos, lutas,
alegrias e propósitos diários. A comunhão familiar bem vivida é um verdadeiro
caminho de santificação na vida ordinária e de crescimento místico, um meio
para a comunhão íntima com Deus. Se a família consegue se encontrar em Cristo,
Ele unifica e ilumina toda a vida familiar. Os sofrimentos e os problemas são
vividos em comunhão com a cruz do Senhor e, abraçados a Ele, pode-se suportar
todos os momentos.
A oração em
família é um meio privilegiado para exprimir e reforçar esta fé pascal.
Podem-se encontrar alguns minutos cada dia para estar unidos na presença do
Senhor vivo, dizer-lhe as coisas que os preocupam, rezar pelas necessidades
familiares, orar por alguém que passa por um momento difícil, pedir-lhe ajuda
para amar...
No
matrimônio vive-se também o sentido de pertencer a uma única pessoa. Os esposos
assumem o desafio e o anseio de envelhecer e gastar-se juntos, e assim refletem
a fidelidade de Deus. Os esposos cristãos são cooperadores da graça e
testemunhas da fé um para o com o outro, para com os filhos e demais
familiares. Deus convida-os a gerar e a cuidar.
Toda a vida
da família é um “pastoreio” misericordioso. Cada um, cuidadosamente, desenha e
escreve na vida do outro: “ Vós é que sois a nossa carta, escrita em nossos
corações (...) não com tinta, mas com o Espírito do Deus Vivo” (2Cor 3, 2-3). A
fecundidade matrimonial implica promover, porque “amar uma pessoa é esperar
dela algo indefinível e imprevisível; e é ao mesmo tempo, proporcionar-lhe de
alguma forma os meios para satisfazer tal expectativa”. É uma experiência
espiritual profunda contemplar cada ente querido com os olhos de Deus e
reconhecer Cristo nele. Isto exige uma disponibilidade gratuita que permita
apreciar a sua dignidade
Com efeito,
como recordamos várias vezes nesta Exortação, nenhuma família é uma realidade
perfeita e confeccionada de uma vez para sempre, mas requer um progressivo
amadurecimento da sua capacidade de amar. Há um apelo constante que provém da
comunhão plena da Trindade, da união estupenda entre Cristo e a sua Igreja,
daquela comunidade tão bela que é a família de Nazaré e da fraternidade sem
mácula que existe entre os santos do céu. Além disso, impede-nos de julgar com
dureza aqueles que vivem em condições de grande fragilidade.
Avancemos,
famílias; continuemos a caminhar! O que nos é permitido é sempre mais. Não percamos
a esperança por causa dos nossos limites, mas também, não renunciemos a procura
da plenitude de amor e comunhão que nos foi prometida.
Texto:
Tatiane
Sampaio Bittencourt
Ana Maria
Quintana Bittencourt
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