No domingo passado iniciamos o
caminho com o Evangelho de Lucas, quando Jesus apresentou seu programa de vida
e missão. Neste ano, ao longo do tempo comum, caminharemos iluminados por
Lucas. Hoje o evangelista nos apresenta o início da missão de Jesus. Com o “hoje
se cumpre”, Jesus atualiza a Escritura e a transforma em projeto de vida. Logo na
abertura do seu ministério, Jesus já encontra resistência, por causa de sua
origem humilde. A rejeição acontece justamente em sua terra natal. Então ele
proclama o famoso ditado: “Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria”.
O preconceito contra as pessoas
por causa de sua origem, parentesco e situação social é muito forte ainda em
nossos dias. Assim aconteceu com Jesus e acontece com tantas pessoas na
sociedade atual. Costuma-se dar crédito a quem tem bastante estudo, ao que tem
poder econômico, ao que é de família nobre.
Não é fácil aceitar a mensagem e
o ensinamento de um simples camponês: é mais fácil “lançá-lo fora e jogá-lo no precipício”.
Não é fácil acolher um profeta, pois ele nos questiona e nos convida à mudança
de vida. Nem sempre estamos dispostos a renunciar a nossas convicções e a
nossos projetos.
É fácil aceitar Jesus como milagreiro,
poderoso, curandeiro; mas não é fácil aceitá-lo como profeta. O autêntico
profeta denuncia as injustiças, a miséria do povo, a concentração da riqueza, o
acúmulo do poder político e econômico e convida para a conversão e para a
mudança. Ele toca nas causas do sofrimento e da miséria do povo. Jesus é
profeta e age como profeta, sem medo de pôr em risco a própria vida. Não está
preso a nenhuma facção de influentes e poderosos. Uma Igreja sem profetas está
sujeita a ficar indiferente perante o sofrimento do povo e a se acomodar na
mesmice.
Pe. Nilo Luza, ssp
Texto publicado no Folheto “O Domingo”
31/01/2016
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