O evangelho de hoje nos põe
diante do comentário de Jesus sobre a morte de alguns galileus e o acidente da
torre de Siloé, quando aproveita para contar a parábola da figueira estéril. Os
dois trechos falam da mesma realidade: a necessidade e a urgência da conversão,
tema muito acentuado neste tempo da Quaresma.
Os acontecimentos narrados não
são castigo de Deus, mas podem ensejar o chamado à mudança de vida. As pessoas
que morreram não são mais pecadoras do que as que não foram atingidas pelos
fatais infortúnios. Deus não é vingativo nem se alegra com a morte do pecador,
mas torce pela sua conversão e vida.
A parábola da figueira estéril
revela a misericórdia e a paciência de Deus. Sim, ele aceita a proposta do
agricultor e lhe oferece mais tempo para que produza frutos. É tempo de
conversão, é tempo de produzir frutos de bondade, de tolerância, de perdão, de
paz e de solidariedade.
O grande risco que nos ameaça é
uma vida estéril, sem perspectivas, sem aspirações nem avanços. Sem nos dar
conta, optamos por caminhos que alimentam o individualismo, a
autorreferencialidade: lucrar, acumular, consumir.
A religião deve mudar nosso
coração, transformar nossa vida. É muito fácil viver uma religião sem
compromisso, uma religião de “mel com açúcar”. Não podemos tornar o projeto de
Jesus num cristianismo estéril. Fazemos parte da criação de Deus; por isso,
somos chamados a ser também responsáveis por construir um mundo sempre melhor,
humano, tolerante e sem ódio. Se não produzimos frutos que enobrecem a vida,
somos “figueira estéril”. Aí Jesus nos questiona: que sentido tem estarmos
inseridos na obra do criador?
Vivendo a vida cristã de maneira
superficial, desfrutamos a graça de Deus sem colaborar com sua obra. Tempo de
Quaresma é tempo de conversão!
Pe Nilo Luza, ssp
Texto extraído do Folheto “O Domingo”
28/02/2016
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