Bom dia !!
Hoje, permitam-me de dar um testemunho sobre um grande amigo, que foi fiel à sua missão até o fim.
Quero falar de Francisco das Chagas Costa, Tico da Costa (seu nome artístico) ou Titico, como era carinhosamente chamado pelos amigos e familiares.
Conheci Titico de uma maneira insólita. Ambos fazíamos parte do Movimento Gen, parte jovem do Movimento dos Focolares, mas eu vivia em Maceió e ele em Roma, onde fez uma experiência em um centro do Movimento e depois iniciou sua carreira de cantor e compositor de forma mais profissional.
Em uma de suas vindas ao Brasil, em 1976, por uma determinada circunstância instalou-se entre nós uma certa rivalidade. Para mim, era uma situação nova, não sabia como me comportar e penso que era o mesmo para ele. Até então eu só o conhecia pelas suas músicas, que sempre foram muito cantadas no âmbito do Movimento.
Passaram-se alguns dias. Certa vez, vendo-o rodeado por um grupo de jovens que o escutavam enquanto fazia proezas com seu violão. Titico era sempre assim. Fazia um show para três pessoas ou para uma multidão. O importante para ele era dar aos outros aquilo que sabia ter recebido de Deus, o seu talento.
Apesar da situação embaraçosa entre nós, resolvi me aproximar. Ele notou a minha presença e ficou alguns segundos em silêncio, dedilhando o seu violão. Como que procurando uma maneira de resolver o problema.
Quase ninguém no grupo sabia da situação, salvo uma ou duas pessoas.
O Ideal que nos unia falou mais forte e tomei a iniciativa de falar com ele. Disse com voz forte e convicta: Titico, posso te pedir para cantar uma canção tua que gosto muito? Ao que ele com a mesma tonalidade de voz e dessa vez olhando-me diretamente nos olhos: Com muita alegria!! qual é a música? Porém, quero que você cante comigo.
A partir daquele dia nasceu uma grande amizade. Nunca falamos daquela situação embaraçosa na qual nos conhecemos.
A convivência entre nós foi pouca, pois nos vimos pessoalmente poucas vezes. Intensificou-se em 1980, quando passei alguns meses na Itália e ele me pediu para ajudar no coro de algumas gravações que estava fazendo na época.
Foi a oportunidade de conhecer também Sara, sua namorada, que depois tornou-se sua esposa.
Bom, deixando de lado essa parte da minha experiência pessoal com Titico, gostaria de dizer que ele cumpriu inteiramente e até o fim a missão que Deus lhe pediu.
Um artista completamente voltado para o Bem. Muitas de suas canções falam de Deus, Maria, do amor, da dor, da compreensão que ele tem da vida, fala de luta, de amizade, de tudo enfim. Até as letras cômicas ele fazia com o intuito de divertir a todos.
Nesse último período, quando lhe foi diagnosticado um câncer de Pâncreas, enfrentou tudo com coragem e determinação, sem perder de vista a imensidão do amor de Deus em sua vida.
Apesar das fortes dores, algumas vezes pediu para não tomar a morfina, pois dizia que o remédio atrapalhava o seu relacionamento dom Deus e o privava do seu encontro diário com "Jesus Crucificado e Abandonado". A todo instante oferecia os seus sofrimentos por causas justas e santas.
Acompanhei de longe esse último trecho da sua Santa Viagem aqui na terra, pois me encontro no Congo. Mas a distância não nos impediu de estar próximos. Falamos algumas vezes por telefone. Ou com alguém de sua família.
Uma das vezes que falamos, ele me disse que a Senha do dia coincidia com tudo o que estava vivendo. Era um instrumento que nos unia ainda mais. Ele foi um grande adepto dessa proposta, de viver bem a vontade de Deus a cada instante. Ele a viveu profundamente e a difundiu entre os seus amigos e familiares.
Não conheço seus filhos pessoalmente, mas ao falar-lhes ao telefone era como se nos conhecêssemos desde sempre.
Agradeço a Deus ter conhecido pessoalmente e ter-me feito amigo, irmão, de alguém que alcançou um tão alto grau de santidade da maneira mais simples e natural, com o seu jeito único. Sem nada de piegas e sem fanatismo.
Partiu para o céu abraçado ao seu violão, cantando as maravilhas de Deus. Rodeado por seus familiares e amigos de longe e de perto.
Aos focolarinos que o visitaram nestes dias, ele disse: "Estou partindo meio apressado, mas não podia partir sem vocês."
O Céu está em festa.
Até breve Tico!!!
Para hoje, dia 31 de Agosto:
" FIÉIS À VONTADE DE DEUS DO MOMENTO PRESENTE "
Apolonio
Hoje, permitam-me de dar um testemunho sobre um grande amigo, que foi fiel à sua missão até o fim.
Quero falar de Francisco das Chagas Costa, Tico da Costa (seu nome artístico) ou Titico, como era carinhosamente chamado pelos amigos e familiares.
Conheci Titico de uma maneira insólita. Ambos fazíamos parte do Movimento Gen, parte jovem do Movimento dos Focolares, mas eu vivia em Maceió e ele em Roma, onde fez uma experiência em um centro do Movimento e depois iniciou sua carreira de cantor e compositor de forma mais profissional.
Em uma de suas vindas ao Brasil, em 1976, por uma determinada circunstância instalou-se entre nós uma certa rivalidade. Para mim, era uma situação nova, não sabia como me comportar e penso que era o mesmo para ele. Até então eu só o conhecia pelas suas músicas, que sempre foram muito cantadas no âmbito do Movimento.
Passaram-se alguns dias. Certa vez, vendo-o rodeado por um grupo de jovens que o escutavam enquanto fazia proezas com seu violão. Titico era sempre assim. Fazia um show para três pessoas ou para uma multidão. O importante para ele era dar aos outros aquilo que sabia ter recebido de Deus, o seu talento.
Apesar da situação embaraçosa entre nós, resolvi me aproximar. Ele notou a minha presença e ficou alguns segundos em silêncio, dedilhando o seu violão. Como que procurando uma maneira de resolver o problema.
Quase ninguém no grupo sabia da situação, salvo uma ou duas pessoas.
O Ideal que nos unia falou mais forte e tomei a iniciativa de falar com ele. Disse com voz forte e convicta: Titico, posso te pedir para cantar uma canção tua que gosto muito? Ao que ele com a mesma tonalidade de voz e dessa vez olhando-me diretamente nos olhos: Com muita alegria!! qual é a música? Porém, quero que você cante comigo.
A partir daquele dia nasceu uma grande amizade. Nunca falamos daquela situação embaraçosa na qual nos conhecemos.
A convivência entre nós foi pouca, pois nos vimos pessoalmente poucas vezes. Intensificou-se em 1980, quando passei alguns meses na Itália e ele me pediu para ajudar no coro de algumas gravações que estava fazendo na época.
Foi a oportunidade de conhecer também Sara, sua namorada, que depois tornou-se sua esposa.
Bom, deixando de lado essa parte da minha experiência pessoal com Titico, gostaria de dizer que ele cumpriu inteiramente e até o fim a missão que Deus lhe pediu.
Um artista completamente voltado para o Bem. Muitas de suas canções falam de Deus, Maria, do amor, da dor, da compreensão que ele tem da vida, fala de luta, de amizade, de tudo enfim. Até as letras cômicas ele fazia com o intuito de divertir a todos.
Nesse último período, quando lhe foi diagnosticado um câncer de Pâncreas, enfrentou tudo com coragem e determinação, sem perder de vista a imensidão do amor de Deus em sua vida.
Apesar das fortes dores, algumas vezes pediu para não tomar a morfina, pois dizia que o remédio atrapalhava o seu relacionamento dom Deus e o privava do seu encontro diário com "Jesus Crucificado e Abandonado". A todo instante oferecia os seus sofrimentos por causas justas e santas.
Acompanhei de longe esse último trecho da sua Santa Viagem aqui na terra, pois me encontro no Congo. Mas a distância não nos impediu de estar próximos. Falamos algumas vezes por telefone. Ou com alguém de sua família.
Uma das vezes que falamos, ele me disse que a Senha do dia coincidia com tudo o que estava vivendo. Era um instrumento que nos unia ainda mais. Ele foi um grande adepto dessa proposta, de viver bem a vontade de Deus a cada instante. Ele a viveu profundamente e a difundiu entre os seus amigos e familiares.
Não conheço seus filhos pessoalmente, mas ao falar-lhes ao telefone era como se nos conhecêssemos desde sempre.
Agradeço a Deus ter conhecido pessoalmente e ter-me feito amigo, irmão, de alguém que alcançou um tão alto grau de santidade da maneira mais simples e natural, com o seu jeito único. Sem nada de piegas e sem fanatismo.
Partiu para o céu abraçado ao seu violão, cantando as maravilhas de Deus. Rodeado por seus familiares e amigos de longe e de perto.
Aos focolarinos que o visitaram nestes dias, ele disse: "Estou partindo meio apressado, mas não podia partir sem vocês."
O Céu está em festa.
Até breve Tico!!!
Para hoje, dia 31 de Agosto:
" FIÉIS À VONTADE DE DEUS DO MOMENTO PRESENTE "
Apolonio
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