Jesus está para entregar-se livremente
na cruz, levando às últimas consequências seu amor pela humanidade. Antes disso,
ele janta com os discípulos que o acompanharam no ministério. Judas sai do cenáculo,
para responder ao amor e à intimidade de Jesus com a traição e o amor ao
dinheiro.
A morte de Jesus na cruz
representa sua glorificação e a glorificação do próprio Deus. Ou seja, no amor
de jesus, que entrega a própria vida, Deus se revela em todo o seu esplendor.
E então Jesus deixa aos
discípulos um mandamento novo, o mandamento do amor. Não se trata de algo
opcional. Amar, para os seguidores de jesus, é um mandamento. A ponto de a vivência
do amor definir quem é e quem não é seguidor de Jesus.
Não se trata, portanto, de amar
de qualquer jeito, de amar pela metade, de amar apenas alguns, de amar
esperando recompensa. O mandamento de jesus é para nos amarmos como ele nos
amou. E como o mundo reconhecerá que somos discípulos do Mestre que amou em
palavras e gestos, que se aproximou de quem estava à margem, que buscou quem
estava perdido, que acolheu quem sofria preconceito, que sofreu com os
sofredores, que mostrou a face radiante de um Deus cujo poder está no amor sem
limites?
Amar como Jesus amou é o
mandamento sempre novo para nós, que queremos ser seus seguidores. Seremos sempre
discípulos, aprendizes do amor infinito do Mestre. Ressuscitado, ele continua
conosco, com a força do Espírito, inspirando-nos ações e palavras, para nos
amarmos sempre mais, para amarmos a todos, sem exclusão e preconceitos. Para que
o mundo veja, afinal, no amor dos seguidores, a glória, o esplendor de um Deus
que primeiro nos amou e se doou.
Pe. Paulo Bazaglia, ssp
TEXTO PUBLICADO NO FOLHETO “O DOMINGO”
28/04/2013